Por Gustavo Jardim
O Manifesto Comunista, feito por Karl Marx e Frederich Engels, foi publicado pela primeira vez em 1848, com uma linguagem de fácil entendimento e uma estrutura simples (introdução breve, seguida de três capítulos e uma conclusão curta), nele continham os principais idéias do comunismo. Foi escrito a partir de uma reunião entre comunistas de diversas nações, e publicado em diversas línguas.
Sua criação foi em meio a uma época onde o capitalismo e a burguesia tinham a prevalência do poder, e adesigualdade social entre os burgueses e o proletariado era grande e evidente. “(…) pois os que no regime burguês trabalham não lucram e os que lucram não trabalham”.Este trecho presente no segundo capítulo do manifesto demonstra de forma bem clara esse diferença da época entre o trabalhador, e o chefe. Diferença esta que está no centro no alvo comunista para ser combatida.
Seu primeiro capítulo (“Burgueses e Proletários” 1) aborda em geral a relação entre a burguesia e o proletariado. Mostra a evolução dessas duas classes sociais até a época de publicação da obra (apesar de que muitos conceitos apresentados, ainda são válidos para a atualidade). Sobre a burguesia, explica inicialmente no que seus atos afetam (ou afetaram) o mundo, o que seus ideais capitalistas provocam.
O texto critica a produção capitalista e as conseqüências de organização social que esse tipo de produção causou. Apesar dos contras, o capitalismo é ressaltado como um pensamento revolucionário, pois acabou com a prevalência do poder monárquico e do poder religioso.
A camada da população composta por desempregados, mendigos, bandidos, é claramente menosprezada, e que a “revolução” é apenas aos trabalhadores.
Sobre o comunismo, logo de início (ainda na introdução) já o compara a um fantasma. Esta comparação é feita pois este seria uma “assombração” para os burgueses e poderosos da época.
Sobre o comunismo, logo de início (ainda na introdução) já o compara a um fantasma. Esta comparação é feita pois este seria uma “assombração” para os burgueses e poderosos da época.
O segundo capítulo, de nome “Proletário e Comunista”, onde são abordadas as relações entre o partido e os proletários.
O partido é relacionado no texto à outros partidos e movimentos, mostrando alguns objetivos comuns a eles, como o desejo pela queda da superioridade do poder da burguesia, e conseqüentemente a passagem do poder político ao proletariado.
Sobre as propriedades, ressaltasse que o comunismo não é contra a propriedade geral, mas sim da propriedade burguesa (ou seja, a abolição da propriedade privada). O capital e o trabalho assalariado também são abordados, e nessa parte fica claro que os comunistas sofriam com a oposição que não aceitava seus ideais.
É ainda nesse capítulo onde são listadas medidas para a aplicação do comunismo na sociedade. Tal lista é como se fosse um algoritmo2 para tornar a sociedade segundo os moldes comunistas.
A terceira parte, “Literatura Socialista e Comunista”, critica três tipos de socialismo:
· Socialismo reacionário:
® Socialismo feudal
® Socialismo pequeno-burguês
® Socialismo alemão
Possuía um ponto de vista burguês, e procurava continuar com os métodos de produção e troca.
· Socialismo conservador ou burguês
Possuía um caráter de reforma, não de revolução.
· Socialismo e comunismo crítico-utópico
Procuravam modificar a sociedade através da boa vontade e dos exemplos burgueses, sem luta política.
Já o socialismo passado por Marx e Engels é conhecido como Socialismo Científico (o oposto de utópico).
O quarto capítulo faz um apanhado geral das principais idéias do manifesto, motivando e dando um grande destaque ao apelo pela união do proletariado pela causa, como por exemplo, com a conhecida frase:
“Proletários de todos os países, uni-vos!”
1 “Por burguesia compreende-se a classe dos capitalistas modernos, proprietários dos meios de produção social, que empregam o trabalho assalariado. Por proletariado compreende-se a classe dos trabalhadores assalariados modernos que, privados de meios de produção próprios, se vêem obrigados a vender sua força de trabalho para poder existir.” (Nota de F. Engels à edição inglesa de 1888).
Livro - Sociologia II - O Manifesto Comunista - Karl Marx e F. Engels
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