Desenvolvimento da Teoria do Valor-Trabalho
“Adam Smith rejeitou a teoria do valor como teoria adequada para a explicação dos preços em um sistema de economia em que a terra e o capital eram de propriedade de uma classe cujo os membros não eram obrigados a trabalhar”
“Decidiu que os preços deveriam ser melhor explicado como o somatório simples do custo de produção, incluindo-se os lucros.(...) o problema desta teoria era que estes custos tinham que ser calculados como base em preços preexistentes; por isso, sua teoria não podia explicar os preços em geral.”
Natureza da Teoria do Valor Trabalho
Diferente de Smith, Ricardo da uma formulação mais completa e defensável a teoria do valor-trabalho, incorporando às mercadorias o trabalho, sendo esse o principal determinante básico de seus preços. Sendo assim o fato de existirem razões capital-trabalho diferentes em industrias opostas era primeiramente um fator de importância secundária, que levava rápida alteração de regra geral de que os preços eram proporcionais ao volume de trabalho incorporado.
Uma comparação com a lei da gravidade, que nem sempre o resultado é o esperado, levando um principio modificador de importância secundária avaliar, no caso da lei da gravidade a resistência do ar.
Assim é o valor-trabalho, onde o trabalho incorporado ao preço da mercadoria, onde ele será o determinante. Agora quando se considera diferentes razões capital-trabalho, proporcionalmente será modificado por um principio secundário.
Veremos como Ricardo formulou o principio modificador, na qual ele coloca que: quando se produzem mercadorias em condição técnica tais que permitam obter a razão entre o capital-trabalho socialmente média, seus preços são proporcionais ao volume de trabalho a elas incorporado; quando as mercadorias são produzidas segundo uma razão capital-trabalho inferior á média, seus preços são menos proporcionais ao Volume de Trabalho a elas incorporado; e quando são produzidas segundo uma razão capital-trabalho superior a média, seus preços são mais proporcionais ao volume de trabalho a elas incorporados.
Assim temos uma visão do princípio necessário para modificação da teoria pura do valor-trabalho, para que ela pudesse explicar os preços reais, comparado a lei da gravidade pura, sem princípios modificadores, sendo mais vantajosa na procura de problemas específicos como a teoria pura do valor-trabalho.
Foi assim que Marx usou para entender a estrutura de classes capitalistas, usando apenas a teoria do valor-trabalho mais simples e pura, sendo que o volume de trabalho incorporado proporcionaria os preços, sem levar em consideração os princípios modificadores, que explica os desvios reais da proporção relacionada.
Assim ele estava convicto que a validade das conclusões tiradas quando se aplicava esta teoria pura do valor-trabalho dependia, pelo menos em parte, da demonstração de que se poderiam formular princípios modificadores apropriados, mostrando como os preços reais através do preço previsto se derivariam comparando a teoria do valor-trabalho simples e pura.
Ricardo e Marx conseguiram formular em suas teorias, partindo de uma teoria pura do trabalho, o que a maioria em suas áreas, não conseguiu. Eles aceitaram também a idéia de Smith de que, na formação dos “preços naturais” o capitalismo somava seus custos totais de produção, a obter assim a taxa de lucro socialmente média sobre capital, porém a formulação de Smith era circular, pela escassez da teoria da determinação do lucro independente de qualquer preço ou conjunto de preço estabelecido. Assim entra a teoria pura do valor-trabalho saindo dessa circularidade.
Equipe Ciências Sociais 2.10
Acadêmicos: Ildemar Antônio e Rafael Alves
Ciências Sociais - Unimontes
Nenhum comentário:
Postar um comentário